2015-04-05

Páscoa

E se, por capricho de uma sucessão de eventos, formos repentinamente confrontados com uma (boa) parte do nosso passado. Estaremos prontos para com ele fazer as pazes? A renovação tem que ser compatível com o passado. Apesar da história tender a repetir-se, usualmente não se repete com os mesmos intervenientes. Mas ajuda ao desenvolvimento, perceber quais os erros cometidos e como evitar repeti-los. Parece ser de implementação fácil, mas na realidade, e em especial no domínio sentimental, a razão pode ficar com uma visão demasiado turva. Especialmente se os eventos forem recentes. E a fulanização em nada ajuda a uma análise correcta. Quando a relação com o passado está arrumada e em paz, menos perturbações são expectáveis no futuro. Ainda assim alguma atenção deve ser dada à análise dos erros. Em descobrir as suas causas verdadeiras e não se ficar apenas pelas aparentes. As acções preventivas são preferíveis às correctivas. Destas as mais difíceis são as que vão contra o sujeito que as tenta implementar. Seja quais forem as razões, o sujeito tende a agir da mesma forma perante situações semelhantes. Por muito monótono que isso possa parecer, a aleatoriedade não é propriamente uma característica humana. E é o modo de agir que urge alterar. Isto tratando-se de um erro, claro está. No que está certo, muda-se menos. A Quaresma, como qualquer outro período de preparação, é essencial para melhor preparar a tal passagem necessária. Aquela que nos salvará dos erros passados. Isto se houver salvação...

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